sexta-feira, 8 de setembro de 2017

As inverdades do Ministro da Educação

Fugindo um pouco à linha editorial, mas dentro da temática da educação, vou apenas comentar uma notícia que, depois de analisada, é uma inverdade. 
Segundo as notícias do dia, todos os professores pedidos pelos diretores estão nas escolas. De facto, baseando-me na experiência, os horários que foram possíveis de submeter na plataforma SIGRHE encontram-se preenchidos. Neste âmbito, o conteúdo da notícia, reproduzindo as palavras do Ministro da Educação, corresponde à verdade. 
Acontece, porém, que os diretores quiseram solicitar atempadamente a substituição de docentes que, por vários motivos, como, por exemplo, baixa médica e mobilidade administrativa em sindicatos ou associações profissionais, mas não foi possível indicar esses horários porque a plataforma recusava e emitia uma mensagem nesse sentido, bloqueando e inviabilizando a submissão destes horários a concurso. Nesta perspetiva, os diretores não conseguiram indicar os horários em falta. Aparentemente, estes horários por preencher só podem ser indicados para a segunda reserva de recrutamento. Assim, é falso que os professores pedidos pelos diretores estão colocados nas escolas porque, infelizmente, ainda há vários horários para concurso que não puderam ser indicados.
A verdade pode resumir-se na seguinte frase: todos os pedidos de horários que o Ministério da Educação permitiu submeter foram preenchidos. 
Este comentário não pretende ser um ato de defesa dos diretores mas, pelo contrário, pretende contribuir para a identificação de problemas que persistem, para o esclarecimento público e, utopicamente, para a melhoria do sistema educativo.

2 comentários:

  1. Isto devia ser do conhecimento dos órgãos de comunicação social...

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  2. É necessário recordar também que o ministério apenas autorizou a constituição de algumas turmas e abertura de cursos no dia 25 de agosto e outros ainda no dia 5 de setembro. Assim não é possível que as escolas tenham todos os professores, pois estes só vão entrar na segunda reserva de recrutamento. Uma vergonha.

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