quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Professores deviam ser apoiados no primeiro ano de trabalho

As pedagogas Leonor Santos e Maria Emília Brederode dos Santos apontam fragilidades aos testes escritos e defendem que a qualidade dos professores se obtém com acompanhamento.

Duas especialistas em educação defendem (...) que, se o país quer garantir a qualidade do ensino, deve reforçar a formação profissional dos licenciados, nomeadamente no primeiro ano de trabalho, em vez de apostar em provas que, consideram, são limitadas na identificação de aptidões - ou falta delas - para dar aulas.

Leonor Santos, professorado Instituto de Educação da Universidade de Lisboa e especialista em avaliação e desenvolvimento profissional de professores, considera que não será através da Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades (PACC) - que registou mais de um terço de chumbos este ano - que o ministro Nuno Crato alcançará o objetivo anunciado de "escolher os melhores professores".

"Esta prova não se dirige certamente a apreciar ou não a qualidade das competências profissionais", diz, acrescentando que é em contexto de trabalho que estas competências são identificadas e desenvolvidas. "Isso consegue-se através do ano de indução na carreira, no início da sua atividade, em que o professor trabalha com o acompanhamento próximo de profissionais competentes e experientes", explica. "Este período chegou a ser legislado [nos anos 1980] mas não chegou a concretizar-se".
 
Fonte: DN

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