segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Há 24 escolas que dão por sistema notas acima do esperado

Como avalia uma escola um aluno que tem uma dada nota nos exames nacionais? Dá-lhe uma classificação maior ou menor do que aquela que foi obtida pelo resto dos alunos do país que tiveram o mesmo desempenho nos exames? Há 24 escolas, das quais 14 privadas, onde os professores dão, todos os anos, notas significativamente mais elevadas aos seus alunos do que seria expectável, de acordo com dados do Ministério da Educação e Ciência (MEC).

Cada uma destas escolas, sobretudo do Norte do país, “poderá estar a utilizar critérios de avaliação do desempenho escolar dos seus alunos menos exigentes do que os critérios utilizados na média das outras escolas” — é esta a interpretação que o MEC faz, numa “nota técnica” sobre estabelecimentos onde as notas internas (assim se designam as notas atribuídas pelos professores) “são, em média, mais altas do que as notas internas atribuídas pelas outras escolas a alunos com resultados semelhantes nos exames nacionais” e onde “a certeza estatística do desalinhamento para cima” está “entre as 10% mais fortes do país”. Ou seja, no grupo dos 10% maiores desvios. (...)

O MEC considera (...) que “é importante prestar atenção a todos os casos extremos”. Mais: as escolas podem agora “refletir e eventualmente ajustar as suas práticas”. “Uma escola isolada, por si só, não consegue saber com exatidão se está a ser mais exigente ou menos exigente do que a generalidade das outras escolas”, faz saber.

A avaliação interna é, por lei, da responsabilidade dos órgãos e estruturas pedagógicas dos estabelecimentos. Mas, ainda assim, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência está a analisar os dados, avança o MEC. “Nos casos de maior afastamento”, irá “utilizá-los em próximas intervenções inspetivas, com recomendações focadas no processo de avaliação interna dos alunos”. (...)
 
Fonte: Público

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