quinta-feira, 30 de junho de 2011

I Encontro de Escolas de Referência

O Agrupamento de Escolas Quinta de Marrocos - Escola de Referência para o Ensino Bilingue de Alunos Surdos de Lisboa vai organizar o “I Encontro de Escolas de Referência” no dia 9 de Julho de 2011, a realizar no Pavilhão do Conhecimento no Parque das Nações, em Lisboa.                      
Trata-se da realização do primeiro Encontro de Escolas de Referência de todo o território Nacional, convidando-se todos os interessados em participar  bem como na divulgação/mostra e venda de produtos e eventuais projectos, seminários e eventos  organizados que incluam docentes e técnicos das Escolas de Referência.
Em caso de necessidade de informação adicional, contactar a Organização do Encontro: Fátima Silva (T/ 91 988 03 66) ou Isabel Galhardo (T/ 91 943 84 19) ou para e-mail: encontroerebas@gmail.com.
Programa do encontro aqui
Ficha de inscrição aqui

quarta-feira, 29 de junho de 2011

II Seminário Ibérico - Percursos em Educação Especial

Dando continuidade às iniciativas de anos anteriores, o Agrupamento de Escolas de Maximinos e a Escola Secundária Carlos Amarante, escolas de referência para alunos cegos e com baixa visão do distrito de Braga, vão realizar nos dias 8 e 9 de Julho de 2011 o II Seminário Ibérico - Percursos em Educação Especial.
Com este evento pretendemos criar um espaço de partilha e de reflexão aberto a toda a comunidade, contribuir para a construção de práticas educativas que respeitem a diversidade e promover a colaboração entre todos aqueles que a seu cargo têm esta responsabilidade.

Programa: descarregue aqui
Inscrição no Seminário: faça a sua inscrição aqui
Caso não consiga aceder à inscrição, obtenha o acrobate reader aqui

A Formação associada ao II Seminário Ibérico tem o seguinte calendário:

Dia 6 de Julho: das 14:30h às 17: 30h (3 horas)
Dia 8 e 9 de Julho: II Seminário Ibérico (9 horas)
Dia 11 de Julho: das 9:30h às 12:30h (3 horas)


Nota: a turma será constituída por 30 formandos e será dada prioridade aos docentes do AE Maximinos.

A inscrição na Formação deverá ser efectuada aqui

Enriquecendo o vocabulário

De palavras se faz a nossa linguagem. Através dela nos referimos ao mundo e refletimos sobre ele. A partir da linguagem se estrutura o nosso pensamento. O enriquecimento do vocabulário é, por conseguinte, de grande importância. Os pais podem promover atividades, no quotidiano da família, adequadas à idade e às características dos filhos, que contribuam para esse fim. Aqui ficam algumas sugestões:
1. Utilização frequente de novas palavras, inseridas num contexto que permita à criança a compreensão do seu significado.
2. Lotos, dominós e outros jogos envolvendo palavras, que podem ser adquiridos com facilidade.
3. Sopas de letras, palavras cruzadas e outros jogos idênticos, que são publicados não só em jornais, mas também em revistas adequadas a diversos níveis etários.
4. Aquisição e leitura de livros. A leitura começará por ser feita pelos pais para os filhos, quando estes são pequenos, podendo depois ser feita em conjunto e, mais tarde, pela criança/pelo jovem individualmente.
5. Oferta de um dicionário e realização de atividades/jogos envolvendo a sua utilização.
6. Produção de um dicionário ilustrado sobre áreas temáticas de particular agrado da criança.
7. Utilização do dicionário de sinónimos do Word,no computador. 
8. Pesquisa, no dicionário, de palavras novas surgidas nos textos de estudo e seleção do significado mais adequado.
9. Jogo: ver quem indica mais palavras da mesma família. Ex.: palavras da família de "mar" - marinheiro, marítimo, maresia, amarar.
10. Jogo: ver quem indica mais palavras pertencentes a uma determinada área vocabular. Ex.: área vocabular em torno de 'mar' - barco, peixe, maré, praia, rocha, pesca.
11. Pesquisa de sinónimos e produção de frases e situações em que estas possam ser utilizadas. Ex.: "banzado, admirado, estupefacto" - fazer uma frase com cada palavra e contar uma pequena história em que a utilização da palavra selecionada seja a mais adequada.
De carácter mais lúdico ou mais relacionadas com o estudo formal, as atividades propostas são apenas exemplos de formas de enriquecimento do vocabulário, que podem contribuir ainda para desenvolver o gosto e a curiosidade por aprender e o rigor na utilização das palavras mais adequadas à expressão de cada ideia no contexto em que ela tem de ser expressa. As sugestões apresentadas podem ser igualmente uma fonte de inspiração para outras atividades.
Armanda Zenhas

terça-feira, 28 de junho de 2011

Tempo de balanços e de compromissos

Começo por uma história que presenciei há 3 dias. Uma aluna de Mestrado em Educação Especial estava à espera que a prova de discussão da sua dissertação começasse. Eu, que era para o efeito presidente do júri da prova, cheguei um pouco mais cedo e encontrei-a sentada a enrolar papéis de seda amarelos. Espera-se que um candidato – por norma nervoso – ocupe o seu tempo de várias maneiras mas aquela intrigou-me… Perguntei “Esse trabalho manual é para reduzir o stress?”. “Não – respondeu a candidata – estou a enrolar as rifas para o encontro de angariação de fundos para a unidade de multideficiência do meu agrupamento”.
E logo esta história me lembrou os diferentes mundos em que se move o professor de Educação Especial: o mundo da militância, da “missão”, o mundo da profissão tal como é definida, o mundo académico, o mundo das famílias, etc. Navegar em todos estes mundos com regras e éticas distintas, é, sem dúvida, necessário ainda que não necessariamente útil. Passo a explicar: são tarefas que é preciso fazer e que se o professor de Educação Especial não fizer ninguém vai fazer apesar de serem essenciais. Mas é verdade também que quando se faz um coisa não se pode fazer outra e, se é verdade que é pedido muito voluntarismo e trabalho “extra-curricular” ao professor, pode-se perguntar “O que é que ele, por fazer estas tarefas, deixa de fazer?”
Estamos a chegar ao fim de um ano lectivo e ao princípio de outro. Tempo de balanços e de compromissos. Começamos a ouvir “para o ano eu vou…”, “para o ano eu não vou…” Um novo ano é sempre uma oportunidade de nos aproximarmos do que gostaríamos de fazer e de ser como profissionais. Gostaria em nome da Direcção da Pró-Inclusão: Associação Nacional de Docentes de Educação Especial, de desejar a todas e todos umas férias repousantes e que os compromissos que vão assumir sejam melhores (mais úteis, justos e generosos) do que os que assumiram o ano passado. É assim o nosso caminho.
A nossa Associação continua firme no seu compromisso de contribuir para que os professores sejam ouvidos e respeitados. E representamos os professores para atingir a qualidade de educação dos alunos com necessidades educativas especiais, esses sim a razão de ser de toda a nossa formação, empenho e profissionalidade.
Até breve!
David Rodrigues
Presidente da Pin-ANDEE
Editorial da  2ª newsletter do mês de Junho da Pró-Inclusão: Associação Nacional de Docentes de Educação Especial  (PIN-ANDEE)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

1º Encontro Tecnologias na Educação Especial

O grupo de Educação Especial do Agrupamento de Escolas de Santa Iria, em Tomar, vai realizar o “1º Encontro Tecnologias na Educação Especial“, no dia 30 de Junho, entre as 10:00h e as 15:30h, no Auditório da Biblioteca Municipal de Tomar.

Este evento tem o apoio de várias entidades, nomeadamente da Cnotinfor que também estará presente no evento para proferir uma comunicação sobre “Tecnologia e Inclusão no Ensino Especial“.
Nessa comunicação será dado destaque à utilização dos Símbolos para a Literacia da Widgit (SLW), como um valioso auxiliar na Comunicação Aumentativa e Alternativa, na dislexia e na aprendizagem em geral.
Os mais de 10.000 símbolos SLW foram objeto de estudo durante vários anos com o objetivo de atender a públicos muito diversificados.
Destacamos algumas das suas características:
•poucos detalhes de modo a reduzir a confusão visual;
•coerência e consistência entre as diversas categorias de símbolos;
•edifícios, salas ou divisões, lojas, pessoas e profissões, família, pronomes, preposições…
•marcadores gramaticais opcionais para auxiliar escritores e leitores;
•símbolos coloridos e a preto e branco;
•simbolização automática inteligente…

Esse evento conta ainda com a comunicação Ideias práticas do grupo EB 2/3 de Santa Iria e CRI de Tomar; o encontro será enriquecido com a presença do engenheiro Luís Figueiredo do IP da Guarda e do CRTIC de Santarém.
 
Esta actividade encontra-se inserida no Projecto "Aprender e Inovar ComTIC".

Poderá ver aqui o Programa da Acção e a Ficha de Inscrição.

Para mais informações envie um mail para: tesouraria@santairia.pt.

Via: Crianças a torto e a Direitos

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Autismo, uma doença de muitas mutações : Estudo publicado na revista Neuron

O autismo não é uma doença única – são muitas doenças. E pode surgir devido a uma panóplia de mutações raras, que não são herdadas do pai ou da mãe, surgem espontaneamente, num mínimo de 250 a 300 pontos do genoma, e afectam o desenvolvimento do sistema nervoso da criança, adiantam três artigos científicos publicados hoje na revista Neuron. Estes tentam avançar também com uma explicação para a desigualdade da doença relativamente aos sexos, ao afectar quatro vezes mais rapazes do que raparigas.
Foram estudadas mil famílias que têm um filho saudável e outro com uma das desordens do espectro do autismo – designação onde cabem muitas doenças diferentes. Esta base de dados foi uma das novidades metodológicas, sublinha um comunicado da Fundação Simons, a instituição americana que a coligiu: a maioria dos estudos feitos até agora concentrou-se em famílias onde mais do que um filho é autista, o que implica uma forte componente hereditária. Se só um dos filhos é autista, a explicação genética é, provavelmente, diferente.
Os cientistas concentraram-se assim na busca das mutações genéticas que surgem espontaneamente nas crianças afectadas. Michael Wigler, do Laboratório de Cold Spring Harbor, em Nova Iorque, um dos líderes da equipa de investigadores, tinha desenvolvido a hipótese de que estas mutações podiam estar na origem de pelo menos metade dos casos de desordens do espectro autista. Algo de semelhante acontece com outra doença mental, a esquizofrenia.
Estas mutações de novo, ou espontâneas duplicam, ou então apagam, segmentos de ADN do genoma (pense num romance em que são apagadas aleatoriamente algumas linhas de texto, ou então repetidas outras linhas, um certo número de vezes). Toda a gente tem alguns fragmentos de ADN apagados ou repetidos; mas na maioria dos casos não afecta genes essenciais, nem causa doenças.
Elas e as sinapses
Nestes estudos publicados na Neuron, os cientistas descobriram muitas destas mutações em oito por cento dos irmãos com autismo. Isto quer dizer que as mutações são quatro vezes mais frequentes nos irmãos afectados do que nos saudáveis. Pelo menos 75 das mutações descobertas pareciam prometedoras para a investigação e em seis delas é provável que se façam descobertas interessantes.
Um dos estudos concentrou-se em tentar perceber se estas zonas do genoma sugeriam alguma espécie de coerência, uma rede funcional ou molecular. E, curiosamente, os resultados foram positivos, diz o trabalho coordenado por Dennis Vitkup, da Universidade Columbia, em Nova Iorque. “Esta análise dá uma boa base de sustentação à hipótese de que na origem do autismo esteja a perturbação da formação de sinapses”, escreve a equipa na Neuron.
As sinapses são os pontos de junção que permitem aos neurónios comunicar entre si, trocando sinais químicos ou eléctricos, transmitidos através das suas extensões, axónios e dendrites.
Será que as raparigas são mais resistentes às desordens do espectro do autismo porque “atingem um certo número de marcos de desenvolvimento cognitivo” mais cedo do que os rapazes?, lança a equipa de Wigler na Neuron como hipótese. “Por exemplo, em geral, as meninas dizem as suas primeiras palavras numa idade mais precoce. Um ritmo de desenvolvimento mais rápido poderia reflectir uma robustez que protegesse o sexo feminino”, escrevem.
O autismo é diagnosticado a partir dos três anos de idade e o estudo revelou que, para que as meninas sejam afectadas pelas mutações genéticas espontâneas, estas têm que ser muito maiores e têm que atingir muito mais genes do que no caso dos rapazes (15 genes por mutação em média para elas, dois para eles).
Além disso, quando as mulheres são autistas, é mais provável que tenham uma forma severa da doença. Entre os homens, há mais casos de pessoas que conseguem funcionar relativamente bem em sociedade, apesar de sofrerem de uma desordem que afecta, precisamente, as suas capacidades de relacionamento social.
Williams, no ponto oposto
Uma outra descoberta tem implicações curiosas para o estudo da base genética do nosso cérebro social: algures no braço mais curto do nosso cromossoma 7 fica uma região denominada “7q11.23″ que está associada a uma doença chamada síndrome de Williams, que é o oposto do autismo: faz com que as pessoas se tornem altamente empáticas e sociáveis, extremamente sensíveis ao estado emocional dos outros. Isto, porque naquela região surgiram mutações que fizeram surgir cópias extra do genoma.No caso das mutações detectadas agora, associadas ao síndrome do espectro autista – em que há dificuldade em comunicar com os outros e manter relações sociais, em termos gerais -, faltam segmentos de ADN.
“Esta região do genoma pode tornar-se a Pedra de Roseta para estudar o desenvolvimento do cérebro social”, tal como a célebre pedra serviu para decifrar os hieróglifos egípcios, comentou Matthew State, da Universidade de Yale, outro membro da equipa, citado num comunicado da Fundação Simons.
Mas não é de esperar que deste estudo saia uma “bala mágica”, um medicamento contra o autismo – porque não existe uma doença única, ou um gene único que cause a cause. “A diversidade é tal que um único tratamento visando uma forma específica do autismo pode não ter efeito sobre a maioria dos casos”, explica Michael Wigler, citado pela agência AFP.
“Mas quando os genes com mutações relacionadas com o autismo forem identificados”, disse ainda, pensando numa próxima geração de tecnologia, “poderemos começar a pensar nos problemas específicos de cada criança, e não em tratar vários problemas em conjunto.”
O autismo, que parece estar em crescimento – ou é cada vez mais detectado, provavelmente -, afectando pelo menos um por cento da população, está a assemelhar-se a outra doença da modernidade. “Uma complexidade genética semelhante é aparente em muitos cancros”, sublinha a equipa de Vitkup, que verificou se as mutações ligadas ao autismo teriam alguma coerência funcional.
Por Clara Barata

Um caso especial - Cientistas identificam gene vinculado à paralisia cerebral

Uma equipa de investigadores que traçou a sequência genética de dois irmãos gémeos com paralisia cerebral identificou o gene causador do transtorno nas crianças, segundo um estudo publicado na revista Science Translational Medicine. 
A descoberta permitiu oferecer aos irmãos um tratamento efectivo que ameniza os sintomas da doença. 
O menino Noah Berry e a sua irmã, Alexis, foram diagnosticados com paralisia cerebral quando tinham dois anos. Aos quatro, os tratamentos aos quais foram submetidos apresentaram resultados efémeros. 
A paralisia cerebral, um transtorno permanente e não progressivo que afecta a psicomotricidade do paciente e limita a actividade da pessoa, é atribuída a problemas no desenvolvimento cerebral do feto. A doença não tem cura conhecida. 
A incidência do transtorno em países desenvolvidos é de aproximadamente 2 a 2,5 em cada mil nascimentos e não diminuiu nas últimas seis décadas, apesar dos avanços médicos como a monitorização dos sinais vitais dos fetos. 
As crianças herdaram duas cópias do gene SPR que sofreram mutação - uma da mãe e uma do pai. 
In: Ajudas

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Asperger: Será?

É sobretudo o sentimento de estranheza que leva os pais à consulta. São pais que consideram que os seus filhos têm algo de estranho, mas não conseguem definir exatamente o que os torna diferentes. Curiosamente, quando falamos com os filhos também eles partilham este sentimento de que algo os diferencia das outras pessoas. 
Os pediatras, a quem por vezes estes pais pedem ajuda, habitualmente consideram que tudo está bem e não há razão para preocupação. 
Na escola são crianças que apresentam geralmente um bom desempenho académico e, por isso, para os pais é incompreensível que os filhos compreendam perfeitamente raciocínios matemáticos complexos mas desconheçam as regras básicas para fazer amigos. 
Frequentemente estas crianças confundem-se com as que apresentam défice de atenção, pois muito habitualmente parecem viver no mundo da lua. Há já alguns anos atrás, uma mãe relatou-me que, na tentativa de curar o filho de algo que ela própria não entendia muito bem, o levara a Espanha, quando este frequentava o primeiro ciclo de escolaridade, e que lá lhe fizeram uma terapia complexa, cujos fundamentos não consegui perceber. A terapia não surtira os resultados desejados e só quando o filho tinha 14 anos descobriram o que o tornava um pouco mais diferente dos outros, tinha a síndrome de Asperger (SA). 
Tal como qualquer criança ou jovem, os detentores da síndrome apresentam talentos e dificuldades. No entanto, as suas capacidades e lacunas são em áreas muito específicas, pelo facto de o seu cérebro ser muito bom a processar determinado tipo de informação, como, por exemplo, factos e números, e apresentar dificuldade em compreender o que as pessoas pensam, sentem e comunicam.
O facto de cada criança ser diferente de todas as outras leva a que nem sempre se faça um diagnóstico imediato. Recordo-me que andei quase um ano letivo para perceber que uma jovem que estava em acompanhamento apresentava SA. Andava à procura de algo diferente, dado que a preocupação que motivou o seu encaminhamento se prendia com problemas que não eram indiciadores de que esta menina apresentasse a síndrome em questão.
Na minha prática profissional vou constatando que, à volta desta síndrome, há ainda um grande desconhecimento. Por isso, penso que fará algum sentido refletir sobre algumas características destas pessoas, que frequentemente são pensadores originais e que se poderão tornar especialistas nas suas áreas de interesse. Como diria Tony Attwood, um psicólogo australiano com uma grande experiência em SA, o mundo precisa de pessoas com estas características. Penso que o seu raciocínio está correto e que, se compreendermos a forma muito típica de estar dos portadores de SA, os acharemos pessoas deliciosas e encantadoras, sobretudo porque são muito genuínos e sem malícia.
Comecemos pelos talentos. As crianças com SA têm habitualmente muito boa memória e apresentam um largo conhecimento numa área de interesse, por exemplo, clubes de futebol, dinossauros ou vida marinha. A matemática e a informática são frequentemente áreas fortes. Existe um elevado número de pessoas famosas que apresentam muitos traços característicos de SA: Bill Gates e Einstein são dois exemplos muito citados. Na Internet existe uma lista absolutamente fabulosa de personalidades famosas que se suspeita terem SA.
Uma das dificuldades mais acentuadas nestes jovens é a interação social porque apresentam uma grande dificuldade em compreender a linguagem corporal e em saber o que a outra pessoa está a pensar ou a sentir. Recordo-me de, num atendimento com uma pré-adolescente com SA, cujo diagnóstico ainda não estava definido, esta começar a chorar quando lhe pedi para explicar os seus sentimentos. Mais tarde, percebi que as suas lágrimas traduziam a sua frustração por não conseguir dar resposta à tarefa que lhe propus.Ainda agora comecei e já se esgotaram os caracteres permitidos neste espaço! Outras especificidades e sugestões serão apresentadas num próximo artigo.
Adriana Campos

terça-feira, 21 de junho de 2011

Relatório mundial sobre deficiência

Foi lançado, no passado dia 9 de Junho, o primeiro relatório mundial sobre deficiência, produzido conjuntamente pela Organização Mundial de Saúde e pelo Banco Mundial.
De acordo com este relatório, mais de um bilião de pessoas tem actualmente, no mundo inteiro, alguma forma de deficiência ou incapacidade.
As pessoas com deficiência têm em geral inferiores condições de saúde, mais baixas aquisições escolares, menores oportunidades económicas e mais elevadas taxas de pobreza do que as pessoas sem deficiência. Esta situação deve-se, em larga medida, à falta de serviços à sua disposição e aos múltiplos obstáculos com que se deparam no seu quotidiano.
O relatório apresenta as melhores evidências disponíveis sobre os meios viáveis para superar as barreiras existentes no acesso aos cuidados de saúde, à reabilitação, à educação, ao emprego e aos serviços de apoio, bem como para criar ambientes favoráveis ao desenvolvimento das pessoas com deficiência ou incapacidade. O relatório termina com um conjunto concreto de acções recomendadas aos governos e seus parceiros.
Este relatório sobre deficiência, pioneiro a nível mundial, dará um contributo significativo para a implementação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Na zona de intersecção entre a saúde pública, os direitos humanos e o desenvolvimento, o relatório está destinado a tornar-se um recurso indispensável para os decisores políticos, prestadores de serviços, profissionais e defensores das pessoas com deficiência e suas famílias.
Mais informações na página da OMS sobre o relatório.
Pode ainda aceder às versões em inglês quer do Relatório completo quer da versão do Relatório em texto de leitura fácil.
(Brevemente o INR, IP disponibilizará a tradução portuguesa da versão em leitura fácil).
In: INR

A escola e a iliteracia digital

A escola continua a ser o lugar privilegiado para a divulgação e a utilização didática e crítica das novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC). Por isso mesmo, torna-se imprescindível que os docentes sejam formados e motivados para uso dessas novas tecnologias, concebendo-as como instrumentos que devem interagir com os projetos pedagógicos a desenvolver com os alunos. 
Todavia, é importante reconhecer que, apesar da assumida necessidade de incluir todas as novas tecnologias no processo educativo, uma boa escola continua a ser o que sempre foi: um espaço em que aprendentes e educadores se encontram, num ambiente que estimula a autoestima e o desenvolvimento pessoal e que oferece janelas de oportunidade para o sucesso num mundo que gira em contraciclo, ao promover o egoísmo, o individualismo e a concorrência desregrada. É que não há nenhuma solução tecnológica que seja capaz de induzir o milagre de transformar um espaço pobre em relações humanas num lugar interessante e adequado para gerar a construção de um cidadão com sólidos valores morais e com uma ética de respeito para com os princípios da democracia e do humanismo. Vivemos num novo milénio que pretende reconfigurar a sociedade, atribuindo-lhe um novo formato centrado em novas formas de receber e transmitir a informação, o que implica uma busca interminável do conhecimento disponível. Para alcançar tal objetivo, imputa-se à escola mais uma responsabilidade: a de contribuir significativamente para que se atinja o que se convencionou designar por analfabetismo digital zero. Para tal, a educação para a utilização das TIC precisa de ser planeada desde o jardim de infância. Sem preconceitos ou desnecessárias coações, sem substituir atabalhoadamente o analógico pelo digital, mas sim reforçando a capacidade cognitiva dos alunos e guiando a descoberta de novos horizontes. Este novo movimento de rutura não deve representar a eliminação ou a fictícia substituição dos meios de comunicação de massa tradicionais. O que há de novo é a necessidade de fazer convergir todos esses meios num processo integral de formação do indivíduo, capacitando-o para descodificar as mensagens que lhe saltam em cada canto e cada esquina da sociedade do conhecimento. Esse movimento deve ser capaz de preparar os jovens para serem leitores críticos e escritores aptos a desenvolver essas competências em qualquer dos meios suportados pelas diferentes tecnologias. Hoje, não basta que o aluno só aprenda a ler e escrever textos na linguagem verbal. É necessário que ele aprenda a "ler" e a "escrever" noutros meios, como o são a rádio, a televisão, os programas de multimédia, os programas de computador, as páginas da Internet e, até, o telemóvel... Por tudo isso, as novas tecnologias da informação e comunicação devem obrigar à alteração dos currículos escolares e a modificação da formação e atuação do professor, que se deve sentir obrigado a atualizar-se em relação às TIC, de forma a acompanhar a dinâmica de obtenção de informação e de transformação desta em conhecimento. Nesse processo, a educação à distância assume-se como um indispensável complemento do ensino presencial, enquanto modelo de comunicação educativa que permite superar distâncias e ampliar o acesso ao conhecimento. Os jovens foram os primeiros a descobrir que as novas tecnologias da informação e da comunicação implicam inúmeras possibilidades de aprender. Para eles há muito que elas deixaram de ter um estatuto de menoridade e de simples auxiliar da apreensão do conhecimento. Os estudantes olham-nas como outras formas de aprender que implicam a mudança dos modos de comunicação e dos modos de interação nos grupos de pares. Importa, pois, ter consciência que este novo mundo facilita o trabalho docente, mas também acrescenta angústia e complica a vida do professor. Este, para além de necessitar possuir um conhecimento específico da área científica que leciona, deverá também ser capaz de identificar nas tecnologias digitais as múltiplas linguagens favorecedoras da apreensão da realidade. Não é fácil, mas é esta a contribuição que as novas tecnologias podem oferecer para a consolidação de um mundo mais solidário, desde que a sociedade o queira integrar de uma forma crítica e eticamente incontestável.
João Ruivo 
In: Educare

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Direitos de acessibilidade: conhecer para defender - acção de formação

No âmbito da missão do Instituto Nacional para a Reabilitação, IP,   e  da  promoção   dos direitos das pessoas com deficiência, informa-se a realização, no próximo dia 25 Julho, em Lagos, de uma acção de sensibilização denominada:
Esta acção tem como objectivo informar as pessoas com deficiência, e as organizações que as representam, sobre os direitos que a legislação portuguesa lhes confere no domínio da Acessibilidade.
A acção de sensibilização é gratuita,   confere certificação  e tem um número limitado de 16 formandos.
In: INR
Pode inscrever-se utilizando a ficha de inscrição e enviando-a para manuela.s.branco@inr.mtss.pt ouinr@inr.mtss.pt , até ao dia 11 de Julho.

Aplicação e implementação da CIF - acção de formação

No âmbito da missão do Instituto Nacional para a Reabilitação, IP,   e  da  promoção   dos direitos das pessoas com deficiência, informa-se a realização, nos próximos dias 25 e 26 de Julho, em Lagos de uma acção de sensibilização denominada:
A acção de sensibilização é gratuita,  confere certificação  e tem um número limitado de 18  formandos.
Pode inscrever-se utilizando a ficha de inscrição e enviando-a para manuela.s.branco@inr.mtss.pt ouinr@inr.mtss.ptaté ao dia 11 de Julho.
In: INR

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Nova lei promove mais apoios do IEFP a entidades que empregam deficientes

O Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) financiava, até esta data, os custos da instalação de centros de emprego protegido que empregam pessoas com deficiência ou incapacidade, até 75% das despesas elegíveis nas modalidades de subsídio reembolsável e empréstimo sem juros. Mas a nova lei, publicada ontem em Diário da República, decretada pelo Parlamento, vem alargar esta possibilidade até 100%.
Assim, os apoios do IEFP também irão poder assumir a forma de prémio de incentivo à transição para o mercado normal de trabalho, bem como a comparticipação nas despesas do técnico de acompanhamento laboral, nos termos a regulamentar ainda pelo Governo. A medida vai entrar em vigor com a aprovação do Orçamento do Estado para 2012.Até ao momento, as empresas privadas também podiam ser compensadas pelo IEFP com retribuição, mas unicamente por um período de cinco anos, prorrogáveis até mais cinco anos se o trabalhador não atingisse capacidade produtiva superior a 75% da capacidade normal exigida a outra pessoa nas mesas tarefas. Mas com a nova lei aprovada, este apoio será devido até que o trabalhador atinja essa capacidade de 75% ou até que transite para um regime normal de trabalho. E sempre que o trabalhador atinja a capacidade produtiva de 75%, mas não seja possível a sua transferência para o regime normal de trabalho, os apoios serão renovados anualmente.Os centros de emprego protegidos são estruturas produtivas ou pessoas colectivas de direito público ou privado que proporcionam a pessoas com deficiência, incapacidade ou capacidade de trabalho reduzida a possibilidade de estas exercerem uma actividade profissional e desenvolverem competências necessárias à sua integração, sempre que possível, em regime normal de trabalho.A nova lei vem possibilitar que o IEFP também passe a conceder apoio à gestão dos centros de emprego protegidos, se assim for solicitado, além dos apoios à instalação e funcionamento já previstos.

In: Ajudas

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Soluções Especiais PT, DRELVT

A DRELVT, através da Equipa Multidisciplinar para a Inclusão e Sucesso Educativo, propõe-se realizar um encontro, sobre serviços e produtos, disponibilizados pela Fundação Pt para os alunos com necessidades educativas especiais, que complemente os já realizados sobre baixa visão e Ajudas Técnicas para Alunos com Deficiência Visual.

PLANO DO ENCONTRO

Designação: Apresentação sobre Soluções Especiais PT

Organização: Equipa Multidisciplinar Para A Inclusão E Sucesso Educativo

Local: Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo, Praça de Alvalade nº 12, Lisboa

Data: 06 de Julho, Quarta-Feira

Horário: das 15 às 18 horas

Destinatários: Docentes em funções nos Crtic da Drelvt de Lisboa; docentes de apoio aos alunos com deficiência visual; docentes de outros Crtic

Dinamização: Fundação Pt Dr. Paulo Garcês, Eng. Miguel Cavaco

Apoio logístico: Agostinho Costa

Tel: 218434628, 917551285
Telm: 917551285

Soluções Especiais PT, DRELVT

A DRELVT, através da Equipa Multidisciplinar para a Inclusão e Sucesso Educativo, propõe-se realizar um encontro, sobre serviços e produtos, disponibilizados pela Fundação Pt para os alunos com necessidades educativas especiais, que complemente os já realizados sobre baixa visão e Ajudas Técnicas para Alunos com Deficiência Visual.

PLANO DO ENCONTRO

Designação: Apresentação sobre Soluções Especiais PT

Organização: Equipa Multidisciplinar Para A Inclusão E Sucesso Educativo

Local: Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo, Praça de Alvalade nº 12, Lisboa

Data: 06 de Julho, Quarta-Feira

Horário: das 15 às 18 horas

Destinatários: Docentes em funções nos Crtic da Drelvt de Lisboa; docentes de apoio aos alunos com deficiência visual; docentes de outros Crtic

Dinamização: Fundação Pt Dr. Paulo Garcês, Eng. Miguel Cavaco

Apoio logístico: Agostinho Costa

Tel: 218434628, 917551285
Telm: 917551285

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Reveladas primeiras imagens do cérebro quando uma pessoa fica inconsciente

Pela primeira vez, investigadores britânicos conseguiram captar em vídeo o que se passa no cérebro quando uma pessoa perde a consciência. O novo método, dizem, pode ajudar à recuperação de doentes com danos cerebrais.
O novo aparelho – chamado tomografia funcional de impedância eléctrica de resposta provocada – foi aplicado pela equipa de Brian Pollard, da Universidade de Manchester, no Reino Unido. Os investigadores gravaram a actividade cerebral de 20 pessoas, depois de lhes ter sido administrada uma anestesia geral, explica a revista “New Scientist”.
Esta técnica mede a resistência a uma pequena corrente gerada por eléctrodos aplicados na cabeça, para avaliar a actividade eléctrica do cérebro. Ao realizar cem leituras por segundo, a equipa conseguiu produzir um vídeo da actividade de todo o cérebro.
À medida que a pessoa perde a consciência, diferentes partes do cérebro parecem começar a “falar” umas com as outras, explicou a equipa responsável pelo projecto, na semana passada, no Congresso Europeu de Anestesiologia, em Amesterdão.
A consciência e os processos cerebrais nela envolvidos são motivo de algum debate. Uma teoria propõe que as pessoas têm uma região no cérebro que activa ou desactiva a consciência, como se fosse um botão que se pudesse premir, explicou Pollard, citado pela revista. Outra ideia sugere que a consciência é gerada por interacções entre grupos de células cerebrais; basta inibir essa interacção e a pessoa fica inconsciente.
Segundo a “New Scientist”, o vídeo da equipa da Universidade de Manchester mostra que, à medida que a anestesia começa a fazer efeito, a actividade do cérebro aumenta significativamente em algumas zonas. Pollard acredita que se trata de uma sinalização entre células para indicar que o cérebro se prepara para se “desligar”.
Geraint Rees, da University College, em Londres, comentou à “New Scientist” que este trabalho é muito importante porque pode ser utilizado para gravar um sinal de uma pessoa com danos cerebrais que não consiga comunicar, para ver como responde a estímulos externos.
Ainda assim, Pollard diz que é preciso trabalhar e analisar mais leituras da actividade cerebral para dizer, de forma conclusiva, o que está a acontecer.
In: Público online

terça-feira, 14 de junho de 2011

Pais juntam tampinhas para dar mão ao Diogo

Pais juntam tampinhas para dar mão ao DiogoOs pais de um menino de dois anos, de Caminha, que nasceu sem a mão direita lançaram uma campanha para a recolha de 18 toneladas de tampinhas, em troca das quais uma empresa oferecerá uma prótese mioelétrica ao filho.

Diogo nasceu a 20 de Maio de 2009, sem a mão direita, alegadamente vítima de uma amputação dentro da barriga, já que as primeiras ecografias mostram que ele tinha as duas mãos.Segundo explica a mãe de Diogo, Elisabete Farinhoto, na página do Facebook da campanha, o objetivo é angariar uma mão mioelétrica que permitirá ao menino "abrir e fechar a mão, pegar em obstáculos e até pintar os desenhos“.Esta prótese mioelétrica ficaria por cerca de 9 mil euros, mas a empresa Ceinop, da Póvoa de Varzim, disponibilizou-se para a financiar, em troca de 18 toneladas de tampinhas.
“A campanha começou na Páscoa e neste momento já recolhemos quatro toneladas e tal”, disse a mãe do Diogo à agência Lusa.
Segundo Elisabete Farinhoto, a recolha está a ser feita “um pouco por todo o país”, com o apoio da associação Dar a Sorrir e poderá agora estender-se à Galiza, face ao interesse manifestado pelo assunto pela comunicação social daquela região autónoma de Espanha.
“Vale todo o tipo de tampas de plástico, seja de garrafas de água, de óleo, de iogurtes líquidos, de garrafões, de detergentes, de champô. Valem inclusive caixas de manteiga completas, bem como todas as embalagens que tenham o símbolo da reciclagem com os números 2, 4 ou 5 dentro do triângulo”, explicou Elisabete Farinhoto.
Clique AQUI para saber onde pode entregar as tampas recolhidas pela Dar a Sorrir e AQUI para aceder à página do Facebook da campanha lançada pelos pais.
In: Boas Notícias

Institutoptico oferece próteses oculares e rastreios a 400 crianças

O Institutoptico, em parceria com a Cáritas e com a Sic Esperança, vai apoiar o projecto “Ver para Aprender” que pretende ajudar cerca de 400 alunos do ensino básico carenciados, com rastreios visuais gratuitos e ofertas de próteses oculares. Uma iniciativa que estará em consonância com o evento Torneio Golf Impresa.
O Institutoptico decidiu apoiar este projecto da SIC esperança, disponibilizando rastreios gratuitos, bem como procedendo à doação de próteses oculares às crianças mais carenciadas. Uma iniciativa que se insere no programa de Responsabilidade Social do grupo de ópticos e que tem como principal objectivo a redução do insucesso escolar derivado de problemas visuais em alunos carenciados a frequentar o ensino básico.
“Ver Para Aprender” surge da necessidade de sensibilização da população para a saúde visual das crianças, e da necessidade de disponibilizar o acesso ao rastreio e equipamentos correctivos a alunos carenciados do ensino básico.
O Institutoptico vai disponibilizar, para esta iniciativa, uma equipa de Optometristas, uma unidade móvel e todo o equipamento necessário à realização do rastreio que pretende abarcar um total de 400 crianças em três zonas do país diferentes: Porto, Algarve e Setúbal.
O primeiro rastreio acontecerá amanhã, dia 15 de Junho na Praça do Marquês, no Porto, e nos dias 16 e 17 de Junho no Pólo da Foz da Universidade Católica do Porto, das 09h30 às 13h e das 14h30 às 18h. Paralela a esta acção irá decorrer o Torneiro Golfe Imprensa, um evento que irá reunir as mais variadas figuras e empresas nacionais de renome.
Nos dias 20 e 21 de Junho, a iniciativa terá lugar em Faro, e no dia 23 de Junho em Tavira. Seguir-se-á Setúbal em Outubro.

Sobre o Institutoptico…

O Institutoptico nasceu em 1989 por iniciativa de um conjunto de ópticos portugueses. Desde então o seu número de sócios tem vindo a aumentar de ano para ano, cobrindo actualmente o Norte, Centro e Sul do País e Açores, com mais de 170 pontos de venda e serviços ópticos. Criado para apoiar e orientar estrategicamente as ópticas tradicionais numa era de globalização, o Institutoptico apresentou-se desde cedo como a solução equilibrada e transparente que o mercado óptico necessitava e, mais do que nunca, necessita, oferecendo um serviço de proximidade, pautado pela elevada qualidade de relacionamento entre pares e clientes. A aposta na responsabilidade social é marca integrante no posicionamento do grupo que acredita que todo o seu trabalho só pode ser sustentado por uma cada vez mais forte humanização dos seus agentes e interacção com a comunidade na qual se insere.
In: Ajudas

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Retina é a chave para maior visão periférica de surdos

Investigadores da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, descobriram o motivo pelo qual pessoas que nasceram surdas ou perderam a audição muito novas têm maior visão periférica.


De acordo com um artigo publicado no“PLoS One”, os cientistas encontraram, em deficientes auditivos, diferenças na distribuição das células do nervo da retina, o que lhes permite ver mais objectos nos extremos do campo de visão e, assim, ter uma melhor percepção do ambiente que os rodeia.Investigações anteriores já tinham constatado que pessoas com deficiências auditivas viam melhor. No entanto, nesses trabalhos, a explicação assentava em factores relacionados  com o córtex visual, a região do cérebro que processa a visão.
Este estudo britânico é o primeiro a explicar que este acréscimo de visão deriva de diferenças no desenvolvimento da retina. Para chegar a estes resultados, os especialistas analisaram as pupilas dos voluntários através de uma técnica denominada Tomografia de Coerência Óptica.

Trata-se de um exame computorizado indolor, que faz diversos cortes ópticos muito finos na retina e avalia a sua espessura e volume, permitindo verificar as alterações anatómicas do nervo óptico. Desta forma, foi possível detectar diferenças entre a formação da retina de pessoas com e sem deficiência auditiva. Os cientistas de Sheffield também avaliaram o campo visual e compararam os resultados com as análises das retinas.“É a primeira vez que a retina é considerada como uma possibilidade para a ‘vantagem visual’ de pessoas surdas. Como tal, esta descoberta tem implicações na forma como percebemos o seu funcionamento. Com esta informação esperamos melhorar os cuidados visuais para pessoas surdas, pois este é o seu sentido mais importante”, declarou Charlotte Codina, primeira autora do estudo.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

OMS revela que mais de 1 bilhão de pessoas são portadoras de deficiência

Mais de um bilhão de pessoas - aproximadamente 15% da população mundial - são portadoras de algum tipo de deficiência, e 20% enfrentam grandes dificuldades no seu quotidiano, revelou um relatório conjunto da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Banco Mundial (BM).

O documento, o primeiro de carácter global, publicado sobre o tema em 40 anos, destaca que poucos países contam com mecanismos adequados para responder às necessidades dos portadores de deficiência.

O número de pessoas com necessidades especiais tem aumentado devido ao envelhecimento da população e á maior ocorrência de problemas de saúde crónicos, como a diabetes, doenças cardiovasculares e mentais.

A grande maioria das pessoas com deficiência - entre 110 milhões e 190 milhões – ainda enfrenta barreiras que vão desde a discriminação até a ausência de serviços adequados de atendimento sanitário e reabilitação, passando por sistemas de transporte e edifícios inacessíveis. Assim, estes cidadãos não têm acesso a um sistema de saúde de qualidade, têm um menor sucesso escolar e menores possibilidades de emprego, além de sofrerem com maiores taxas de pobreza.

Segundo Margaret Chan, directora geral da OMS, "devemos fazer mais para romper as barreiras que segregam estas pessoas, em muitos casos excluindo-as da sociedade".

Para cumprir este objectivo, a OMS e o BM pedem que os Governos acelerem os seus esforços para permitir que os portadores de deficiência tenham acesso aos serviços básicos, além de investirem em programas especializados que permitam que estas pessoas possam desenvolver os seus potenciais.

O estudo ressalta também que nos países mais pobres as crianças com necessidades especiais têm menores possibilidades de prosseguirem os estudos que as demais.

In: Ajudas

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Pais e filhos brincam e dançam juntos

Uma hora por semana. Não há lições para dar, nem ordens a cumprir. Há sim histórias, brinquedos coloridos, músicas para acompanhar, canções para cantar, brincadeiras para partilhar, danças para aprender, sacos com livros e objetos lúdicos para levar para casa. É uma hora de encontro entre pais e filhos, até aos 6 anos de idade, que trocam sorrisos, brincam, contam peripécias. Os participantes fazem uma roda e a sessão arranca com uma canção de boas-vindas. Os nomes usados nas cantigas adaptam-se aos batismos dos intervenientes que estão na sala. O projeto A Par - Aprender em Parceria surgiu em 2006, no seio da Escola Superior de Educação de Lisboa, e tem lugar em três bairros de realojamento da capital. Ao todo, são 120 as crianças envolvidas. 
Emília Nabuco criou o A Par. A professora e investigadora da Escola Superior de Educação de Lisboa adianta que o projeto surge para estender a mão "a pais de camadas sociais mais desfavorecidas e a crianças pequenas". Para que estejam juntos, para que explorem brincadeiras em conjunto. Um objeto e mil e uma atividades que podem ser feitas. Os pais são ajudados a construir um dossier com os gostos e conquistas dos filhos. Passos considerados importantes nas várias etapas do desenvolvimento das crianças e que podem fazer a diferença quando se entra no primeiro patamar do ensino. Na questão da segurança, da autoestima e até do sucesso escolar. "Estimulando os pais a aprenderem, os filhos vão mais preparados para o 1.º ano de escolaridade. Se cantarem, se brincarem, se disserem muitas histórias, se estabelecerem uma rotina para a alimentação e para o sono, se tiverem todos os cuidados", garante a responsável.
É feito um círculo e as líderes, educadoras de infância e psicólogas, orientam a sessão.
"Assumimos as pessoas tal e qual como são, sem críticas, sem imposições, sem lhes dizer não faça isso ao seu filho", explica Emília Nabuco. Não há autoritarismo, nem repreensões. "Há um modelo que se impõe pelo aspeto lúdico, pela brincadeira." "Há um ciclo de três sessões em que o mesmo tema é tratado de maneiras diferentes", esclarece. Três grandes secções: outono/inverno, primavera e verão.
A repetição é colocada de lado. "O que cativa nas sessões é a não repetitividade e a permanente componente lúdica." Nesse sentido, são usadas "estratégias lúdicas inovadoras". A partir dos dois meses de idade a criança tem contacto com os livros. Pais e filhos cantam e dançam ao mesmo tempo. Aprendem massagem para bebés e a contar histórias de uma forma dinâmica. No final, na hora do adeus, um pano colorido é partilhado por todos. Manuseado pelos pais e que passa por cima das cabeças dos mais pequenos. "As próprias crianças ficam como que envoltas numa magia." Depois disso, os pais levam um saco plástico para casa com um livro de histórias e brinquedos relacionados com essa obra literária. E trazem-no na sessão seguinte. "Investimos muito nos materiais: são muito bonitos e muito bons." Havia mães que nunca tinham lido um livro e crianças que nunca tiveram brinquedos.
Há aspetos que saltam à vista e que podem ser relacionados com a presença nas sessões semanais, com o contacto que é estabelecido entre pais. "Algumas mães estão a tentar ir para a escola", refere Emília Nabuco. Outras começam a procurar emprego. Nota-se vontade de complementar a vida. E também há mudanças a nível físico e de linguagem. "Há mais cuidado de apresentação consigo e com os filhos."
Emília Nabuco afirma que a maternidade e a paternidade não são inatas e, por isso, há que aprender a lidar com as situações. "Algumas mães e alguns pais, quando nascem os seus filhos, não assumem que são os principais responsáveis", observa. Há resistência em admitir a condição social de mãe e pai. Não se trata de uma questão psicológica. "Não assumem a maternidade e a paternidade como um facto. Algumas mães são adolescentes e para uma adolescente é muito pesado ter de assumir a responsabilidade de ter um filho", concretiza.

In: Educare